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Estão próximas as eleições regionais na Região Autónoma da Madeira, sublinhe-se o facto de, propositadamente, se enfatizar o facto de a Madeira ser uma Região Autónoma deste país.
No artigo de ontem, abordei a deriva civilizacional e económica da União Europeia, hoje, a par das críticas que há a fazer à fragmentação da união e aos jogos ideológicos, assistimos a um desvio, se é que se pode falar em desvio quando na Madeira a forma de estar na política permanece a mesma de sempre, ainda assim, um desvio à expectativa que quanto mais avançássemos no novo milénio, na percepção do homem e da sociedade, dos valores e da política, mais cedo terminaria a populista política madeirense.
A Arábia Saudita anunciou ao mundo o seu novo mega-projecto, trata-se da KAEC – King Abdullah Economic City, num projecto que o reino saudita prevê estar concluído em 2025 e cuja orçamentação ascende aos 92 mil milhões de euros (por comparação: a dívida pública portuguesa ascende a mais de 200 mil milhões de euros), projecto que se propõe criar uma cidade alfa-global, com elevado nível de auto-produção, tudo isto graças à economia saudita baseada na extracção de petróleo, numa altura em que o mundo assiste a um recuo nos preços do petróleo.
A união deve procurar minimizar a dependência energética, para se precaver e para que não tenham que ser os seus cidadãos a perder a dignidade humana para financiar os projectos bajuladores duma monarquia medieval em pleno século XXI.
Evolução do PIB Português | Gráfico: Governo de Portugal
A 6 de Abril de 2011, o país via oficialmente reconhecido o que há muito se esperava, a terceira intervenção externa do Fundo Monetário Internacional em Portugal estava prestes a ter início no país. Ainda o país não se tinha apercebido bem da calamidade da situação não só da dívida pública externa, mas também da dívida geral da economia nacional. A débil economia lusa agravada pelas sucessivas crises do ocidente, a crise do sub-prime, da exposição às falências de grupos como o Lehman Brothers e os efeitos que tiveram no sistema financeiro dos Estados Unidos e da Europa, vieram agravar o estado de saúde da economia portuguesa, que já por si vinha a agonizar desde inícios do Século XXI.
Hoje, em que país vivemos?
O emprego em Portugal tornar-se-á num resumo assombroso e horrendo de esquemas de vassalagem, que colocará de novo, de um lado, os senhores do país e do outro os escravos licenciados.
O Deputado e Líder de Bancada do PSD, Luís Montenegro, indignou-se hoje com a falta de capacidade argumentativa e falta de capacidade de ouvir a oposição, que, pelo rumo do país, será uma realidade a que terá de se habituar dentro de um ano, quando ele próprio, líder ou não da sua bancada, se encontrar inserido num grupo parlamentar da oposição. Ignorando se, à luz da discussão, tenha ou não o PEV, condições para se apresentarem como grupo autónomo, o facto é que, tal e qual, como Pedro Passos Coelho tem que governar de acordo com os preceitos constitucionais vigentes à data, mesmo discordando abertamente deles, também o PEV, à luz da lei actual tem o direito de se constituir como grupo independente e autónomo no parlamento, já que as regras assim o permitem. Nessa matéria, o PEV é, e vai continuar a sê-lo, um grupo parlamentar por si só, não importa a similitude das suas opções e oratória com as do PCP.
O PSD, de resto, é hábil em, subtilmente, se revestir de autoritarismos camuflados de puritanismo, de facto, a maior fraude que alguma vez se abateu sobre a democracia portuguesa é o PSD e os seus constantes crimes sociais, que vão ao ponto de o PSD se achar acima da Constituição do País. Por exemplo, para falar juridicamente de fraude, o Art.º 73.º, do Orçamento do Estado em vigor, prevê a aplicação dos cortes ao abrigo do Art.º 33.º, declarado, na íntegra, Inconstitucional, porém, o o governo de Pedro Passos Coelho, e do PSD que acusa terceiros de fraude, continua a aplicar os cortes, inconstitucionais, aos regimes de prestação de serviços a que se refere o Art. 73.º. Se isto não é fraude, então o Deputado Luís Montenegro que cale a sua arrogância dialéctica no que toca a acusar o PEV de fraude.
In Público: "Lama", "cabecita" e "expressões arruaceiras" em discussão acesa no Parlamento
O texto diz tudo...
"Estudo no 12º ano, tenho 18 anos. Sou uma entre os 75 mil que têm o seu futuro a ser discutido na praça pública.
Dizem que sou refém! Dizem que me estão a prejudicar a vida! Todos falam do meu futuro, preocupam-se com ele, dizem que interessa, que mo estão a prejudicar…
Ando há 12 anos na escola, na escola pública.
Por Inês Gonçalves In: Notas do Facebook
Confesso que não vi o Prós & Contras, tomei conhecimento, como muita gente que não havia visto o programa, pela imensa enxurrada de vídeos colocados nas redes sociais e comentados na blogoesfera.
Já muito se disse sobre o assunto, continuo a deter o mesmo pensamento, a alavancagem económica deve (e tem que) ser feita pelo nivelamento salarial, se não por cima, pelo menos pela média. A capitulação perante o ímpeto ultra-liberal de esvaziar por completo a noção humana do rendimento mínimo para a subsistência provoca desde logo a depauperização de todo o sistema económico, especialmente em épocas de crise e recessão.
"Não basta dar os passos que nos devem levar um dia ao objectivo, cada passo deve ser ele próprio um objectivo em si mesmo, ao mesmo tempo que nos leva para diante" - Johann Wolfgang von Goethe