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Recentemente deparei-me com esta faixa, produzida pela The Secession Studios, um estúdio de banda sonora para filmes, videojogos e marketing, que me fez ouvir até ao fim, porém, o que mais me cativou foram as descrições de possíveis cenas para as quais esta faixa poderia sonorizar.
Trago-vos um desses comentários (traduzido e adaptado para português) para que possam experimentar. Eis o exercício:
Reproduzam o faixa (incorporada em baixo), leiam com atenção o texto abaixo, concentrem-se e imaginem a cena. Depois partilhem o que sentiram, comentando. Leiam pausadamente tentando acompanhar o ritmo lento da música.
"Imaginem o som de sirenes de ambulância ecoando, pessoas a gritar e a polícia, com os seus megafones apelando à calma e pedindo que se dispersem e retornem a casa, dizendo que não há nada para ver aqui. Mas há!
Uma rapariga segura-se no beirado do telhado dum prédio de 20 andares. O seu namorado, em plena rua, grita por ela, chora, sabendo que ela está prestes a desaparecer.
Com o andar do tempo as mãos dela começam a doer. Os bombeiros, por fim acedem ao telhado mesmo quando ela está pronta a deixar-se ir. Quando chegam ao local, já tinha desaparecido."
Comentário original: "Imagine ambulance sirens in the background and screaming people and cops on their megaphones telling everyone to calm down and go home there's nothing to see here. But there is. A young woman is holding onto the edge of the roof of a 20 story building. Her boyfriend is on the ground below screaming for her and crying because he knows that shes going to die. After hours, her hands start to hurt. The firefighters get to the roof but by then she is about to let go. They reach for her but shes gone."
The Secession | Facebook | Youtube
Em semana de revolução aqui fica uma bonita canção:
Livre (Não há machado que corte)
Não há machado que corte
a raíz ao pensamento.
Não há morte para o vento.
Não há morte!
Se ao morrer o coração,
morresse a luz que lhe é querida.
Sem razão seria a vida.
Sem razão!
Nada apaga a luz que vive
num amor num pensamento.
Porque é livre como o vento.
Porque é livre!
Letra: Carlos Oliveira
Música: Manuel Freire
"Eu tento, tento mesmo guardar uns dias afastado de ti, mas é difícil..."
Chega sempre uma altura, pelo menos eu quero pensar que sim, em que as dúvidas superam a vontade, de um, do outro ou de ambos, o certo é que quem entregou a chave do seu coração a outra pessoa arrisca-se a qualquer dia querer arejá-lo e essa mesma pessoa ter perdido a chave para o abrir. Ficamos com o coração como uma casa antiga devoluta, desabitada, à espera que a última pessoa que saiu volte, entretanto, vai-se tornando sombrio, frio, povoado de fantasmas que são as memórias que persistem em assombrar o coração.