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"Eu tento, tento mesmo guardar uns dias afastado de ti, mas é difícil..."
Chega sempre uma altura, pelo menos eu quero pensar que sim, em que as dúvidas superam a vontade, de um, do outro ou de ambos, o certo é que quem entregou a chave do seu coração a outra pessoa arrisca-se a qualquer dia querer arejá-lo e essa mesma pessoa ter perdido a chave para o abrir. Ficamos com o coração como uma casa antiga devoluta, desabitada, à espera que a última pessoa que saiu volte, entretanto, vai-se tornando sombrio, frio, povoado de fantasmas que são as memórias que persistem em assombrar o coração.