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"Câmara de Lisboa compromete-se a ponderar outras medidas antes de optar pela segregação das bicicletas e vai deixar de construir ciclovias sobre os passeios" In: Jornal Público
Noticía o Jornal Público que a Câmara de Lisboa vai realizar obras nas avenidas da República e Fontes Pereira de Melo para melhorar a segurança dos ciclistas, numa altura onde se tem debatido o problema da falta de civismo de condutores e ciclistas, é uma boa notícia saber que no país se começa a olhar com preocupação para a realidade dos utentes das vias públicas, sejam eles peões, ciclistas ou condutores.
Uma faceta das cidades que se pretendem globais e dinâmicas é o da componente da mobilidade, ainda estamos aquém do espectável nesta matéria, por exemplo, o deficiente sistema de transportes públicos, deficiente ordenamento do território e todas as implicações daí decorrentes, já que uma cidade deve proporcionar, em primeiro lugar, um projecto urbanístico que minimize ao máximo o problema dos transportes.
O problema é que ao longo das décadas o crescimento desordenado levou a que as cidades crescessem demasiado no plano horizontal, muitas vezes com zonas suburbanas demasiado longe dos centros, o que origina logo um problema de transporte, quanto mais horizontal forem as cidades maior necessidade de criar sistemas de transporte que obviamente têm um custo. Assim, já que estamos neste ponto sem retorno, não adianta "chorar" sobre o que está feito, agora há que criar as condições necessárias para a mobilidade. Tais condições passam também pela criação sustentada de ciclovias, tanto para os utilizadores rotineiros como também para os utilizadores de ocasião.
Assim para a melhoria da atractividade das cidades, a componente das ciclovias é um dos pilares fundamentais para a boa utilização citadina, é um meio limpo e barato, como tal, deve ser fomentada a sua utilização.
Isto mesmo na cidade das sete colinas!