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Passando hoje de novo na Avenida da Liberdade lembrei-me do paradigma meu, Lisboa e Porto são, a seguir a Tomar, duas das cidades portuguesas que mais gosto, Lisboa e Porto contrastam-se entre si, mas ambas contrastam com Tomar, a cidade nabantina deve ser apreciada de dia, ao passo que em Lisboa e no Porto, prefiro de longe admirá-las de noite.
E subindo a Avenida, lembrei-me, deu Tomar tanto a Lisboa e ao país, que até a sua capital, bom quinhão foi edificado por construtores tomarenses, que pensaria Tomar, sede da ordem que financiou os descobrimentos e em última instância financiou a nossa nação e a lusofonia no mundo inteiro. Custa a crer, mas a sede administrativa que deu mundos novos ao mundo, foi, de facto, em Thomar.
Por isso imaginei o que diria Tomar a Lisboa:
Lisboa, tens a luz que não tenho,
tens avenida, tens tamanho,
e tens a graça dum desenho.
Lisboa, meus filhos te fizeram,
com a luz que não eram,
com o melhor que puderam.
A ti deram o mundo que nasceu,
mas foi aqui que viveu
esse sonho que era meu,
aqui, cruz redonda é quadrada,
ordem vã em fim achada,
nau do mundo e de cruzada.
Cidade por tuas mãos esquecida,
a teus pés eu fui perdida.
Dei-te o ar, eu dei-te a vida!
Respiras o labor duma nação,
cuida bem, não foi em vão,
levas no peito seu coração.
Lisboa, por minhas mãos foste feita,
e por minha voz eleita:
Tu és mulher, tu és perfeita!
Imagem retirada aqui: http://www.instituto-camoes.pt/revista/revista15p.htm