Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
"Eu tento, tento mesmo guardar uns dias afastado de ti, mas é difícil..."
Chega sempre uma altura, pelo menos eu quero pensar que sim, em que as dúvidas superam a vontade, de um, do outro ou de ambos, o certo é que quem entregou a chave do seu coração a outra pessoa arrisca-se a qualquer dia querer arejá-lo e essa mesma pessoa ter perdido a chave para o abrir. Ficamos com o coração como uma casa antiga devoluta, desabitada, à espera que a última pessoa que saiu volte, entretanto, vai-se tornando sombrio, frio, povoado de fantasmas que são as memórias que persistem em assombrar o coração.
Passando hoje de novo na Avenida da Liberdade lembrei-me do paradigma meu, Lisboa e Porto são, a seguir a Tomar, duas das cidades portuguesas que mais gosto, Lisboa e Porto contrastam-se entre si, mas ambas contrastam com Tomar, a cidade nabantina deve ser apreciada de dia, ao passo que em Lisboa e no Porto, prefiro de longe admirá-las de noite.
E subindo a Avenida, lembrei-me, deu Tomar tanto a Lisboa e ao país, que até a sua capital, bom quinhão foi edificado por construtores tomarenses, que pensaria Tomar, sede da ordem que financiou os descobrimentos e em última instância financiou a nossa nação e a lusofonia no mundo inteiro. Custa a crer, mas a sede administrativa que deu mundos novos ao mundo, foi, de facto, em Thomar.
Por isso imaginei o que diria Tomar a Lisboa:
Imagem retirada aqui: http://www.instituto-camoes.pt/revista/revista15p.htm