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Apesar de ser motivo de muito debate, o paralelismo entre não decretar tolerância de ponto no passado Domingo Gordo de Carnaval por força da coerência com o discurso oficial do Governo da República sobre a diminuição dos feriados e respectivas pontes e o facto de que não decreta-lo significa somar mais uma aparente abolição de feriado aos dois já abolidos e, digo aparente já que a Terça-feira de Carnaval não tipifica um feriado, mas tradicionalmente um dia de folia autorizada pelo Estado que em termos práticos equivale e um feriado, o paralelismo existe na forma como o Estado pretende fazer aumentar a produtividade no seio da sociedade Portuguesa donde, por um lado em termos rigidamente lineares quanto mais dias de trabalho efectivo, maior será o resultado produzido pelos mesmos custos do factor trabalho, por outro lado, de forma puramente social, a abolição de um dia de descarga emocional e de sátira social e política representa um avolumar da falta de bem-estar emotivo que obviamente reduz a eficiência do trabalho.