Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Desde a revolução industrial, iniciada durante o século XVIII em Inglaterra, que o principal sistema económico da idade moderna tem vindo a ser desenvolvido com base no dogmatismo pragmático do risco económico e na orientação prática em torno do binómio risco-rentabilidade, donde quanto maior for o risco maior a rentabilidade e, por consequência, maior a probabilidade de falhanço do investimento inicial. Este princípio está intrinsecamente ligado à convenção de que a remuneração do capital está intimamente ligada ao coeficiente de risco da opção tomada, por conseguinte a prática generalizada é a de que quem tem mais capital estará mais predisposto a correr riscos financeiros e aqueles que não o possuem estão confinados à baixa rentabilidade. Isto porém em termos excessivamente académicos e que não levam em conta factores de ordem ética, social e política.
Publicaram-se nos dias que procederam à morte do antigo ditador líbio centenas de artigos contendo as fotografias e os vídeos do momento da captura de Muhammar Khadaffi, tão somente isso interessa aos cobiçosos olhos do público em geral, ver um antigo líder na rua da amargura. É que essas imagens, desprovidas de matéria noticiosa ou debate de qualidade, são um chamariz para as audiências e a maioria dos espectadores dos telejornais o que quer ver é isso mesmo, a imagem de um homem morto ou melhor ainda no momento da morte. Ainda ninguém se predispôs a debater os efeitos na política internacional, nos movimentos revolucionários do próximo oriente e o efeito que terá na intimidação dos ainda existentes regimes ditatoriais espalhados um pouco pelo mundo.