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Desde a revolução industrial, iniciada durante o século XVIII em Inglaterra, que o principal sistema económico da idade moderna tem vindo a ser desenvolvido com base no dogmatismo pragmático do risco económico e na orientação prática em torno do binómio risco-rentabilidade, donde quanto maior for o risco maior a rentabilidade e, por consequência, maior a probabilidade de falhanço do investimento inicial. Este princípio está intrinsecamente ligado à convenção de que a remuneração do capital está intimamente ligada ao coeficiente de risco da opção tomada, por conseguinte a prática generalizada é a de que quem tem mais capital estará mais predisposto a correr riscos financeiros e aqueles que não o possuem estão confinados à baixa rentabilidade. Isto porém em termos excessivamente académicos e que não levam em conta factores de ordem ética, social e política.
Publicaram-se nos dias que procederam à morte do antigo ditador líbio centenas de artigos contendo as fotografias e os vídeos do momento da captura de Muhammar Khadaffi, tão somente isso interessa aos cobiçosos olhos do público em geral, ver um antigo líder na rua da amargura. É que essas imagens, desprovidas de matéria noticiosa ou debate de qualidade, são um chamariz para as audiências e a maioria dos espectadores dos telejornais o que quer ver é isso mesmo, a imagem de um homem morto ou melhor ainda no momento da morte. Ainda ninguém se predispôs a debater os efeitos na política internacional, nos movimentos revolucionários do próximo oriente e o efeito que terá na intimidação dos ainda existentes regimes ditatoriais espalhados um pouco pelo mundo.
Arma virumque cano, Troiae qui primus ab oris Italiam, fato profugus, Laviniaque venit litora, multum ille et terris iactatus et alto vi superum saevae memorem Iunonis ob iram; multa quoque et bello passus, dum conderet urbem, inferretque deos Latio, genus unde Latinum, Albanique patres, atque altae moenia Romae.
Musa, mihi causas memora, quo numine laeso, quidve dolens, regina deum tot volvere casus insignem pietate virum, tot adire labores impulerit. Tantaene animis caelestibus irae?
Urbs antiqua fuit, Tyrii tenuere coloni, Karthago, Italiam contra Tiberinaque longe ostia, dives opum studiisque asperrima belli; quam Iuno fertur terris magis omnibus unamposthabita coluisse Samo; hic illius arma, hic currus fuit; hoc regnum dea gentibus esse, si qua fata sinant, iam tum tenditque fovetque. Progeniem sed enim Troiano a sanguine duci audierat, Tyrias olim quae verteret arces; hinc populum late regem belloque superbum venturum excidio Libyae: sic volvere Parcas. Id metuens, veterisque memor Saturnia belli, prima quod ad Troiam pro caris gesserat Argis — necdum etiam causae irarum saevique doloresexciderant animo: manet alta mente repostum iudicium Paridis spretaeque iniuria formae, et genus invisum, et rapti Ganymedis honores. His accensa super, iactatos aequore toto Troas, reliquias Danaum atque immitis Achilli, arcebat longe Latio, multosque per annos errabant, acti fatis, maria omnia circum. Tantae molis erat Romanam condere gentem!