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Queria que a vida sorrisse
E num segundo a tristeza dormisse
Queria não querer
E no fundo poder
Fazer a vida sorrir...
A Direcção Geral do Orçamento publicou hoje a Síntese da Execução Orçamental que veio resfriar os ânimos da consolidação orçamental ao fazer notar o recuo orçamental, quando em Janeiro havia sido positivo, o saldo ficou-se pelos 240 M€ negativos.
Consulte o Relatório no Site da DGO
Estão próximas as eleições regionais na Região Autónoma da Madeira, sublinhe-se o facto de, propositadamente, se enfatizar o facto de a Madeira ser uma Região Autónoma deste país.
No artigo de ontem, abordei a deriva civilizacional e económica da União Europeia, hoje, a par das críticas que há a fazer à fragmentação da união e aos jogos ideológicos, assistimos a um desvio, se é que se pode falar em desvio quando na Madeira a forma de estar na política permanece a mesma de sempre, ainda assim, um desvio à expectativa que quanto mais avançássemos no novo milénio, na percepção do homem e da sociedade, dos valores e da política, mais cedo terminaria a populista política madeirense.
A Arábia Saudita anunciou ao mundo o seu novo mega-projecto, trata-se da KAEC – King Abdullah Economic City, num projecto que o reino saudita prevê estar concluído em 2025 e cuja orçamentação ascende aos 92 mil milhões de euros (por comparação: a dívida pública portuguesa ascende a mais de 200 mil milhões de euros), projecto que se propõe criar uma cidade alfa-global, com elevado nível de auto-produção, tudo isto graças à economia saudita baseada na extracção de petróleo, numa altura em que o mundo assiste a um recuo nos preços do petróleo.
A união deve procurar minimizar a dependência energética, para se precaver e para que não tenham que ser os seus cidadãos a perder a dignidade humana para financiar os projectos bajuladores duma monarquia medieval em pleno século XXI.
Evolução do PIB Português | Gráfico: Governo de Portugal
A 6 de Abril de 2011, o país via oficialmente reconhecido o que há muito se esperava, a terceira intervenção externa do Fundo Monetário Internacional em Portugal estava prestes a ter início no país. Ainda o país não se tinha apercebido bem da calamidade da situação não só da dívida pública externa, mas também da dívida geral da economia nacional. A débil economia lusa agravada pelas sucessivas crises do ocidente, a crise do sub-prime, da exposição às falências de grupos como o Lehman Brothers e os efeitos que tiveram no sistema financeiro dos Estados Unidos e da Europa, vieram agravar o estado de saúde da economia portuguesa, que já por si vinha a agonizar desde inícios do Século XXI.
Hoje, em que país vivemos?
O emprego em Portugal tornar-se-á num resumo assombroso e horrendo de esquemas de vassalagem, que colocará de novo, de um lado, os senhores do país e do outro os escravos licenciados.
O Deputado e Líder de Bancada do PSD, Luís Montenegro, indignou-se hoje com a falta de capacidade argumentativa e falta de capacidade de ouvir a oposição, que, pelo rumo do país, será uma realidade a que terá de se habituar dentro de um ano, quando ele próprio, líder ou não da sua bancada, se encontrar inserido num grupo parlamentar da oposição. Ignorando se, à luz da discussão, tenha ou não o PEV, condições para se apresentarem como grupo autónomo, o facto é que, tal e qual, como Pedro Passos Coelho tem que governar de acordo com os preceitos constitucionais vigentes à data, mesmo discordando abertamente deles, também o PEV, à luz da lei actual tem o direito de se constituir como grupo independente e autónomo no parlamento, já que as regras assim o permitem. Nessa matéria, o PEV é, e vai continuar a sê-lo, um grupo parlamentar por si só, não importa a similitude das suas opções e oratória com as do PCP.
O PSD, de resto, é hábil em, subtilmente, se revestir de autoritarismos camuflados de puritanismo, de facto, a maior fraude que alguma vez se abateu sobre a democracia portuguesa é o PSD e os seus constantes crimes sociais, que vão ao ponto de o PSD se achar acima da Constituição do País. Por exemplo, para falar juridicamente de fraude, o Art.º 73.º, do Orçamento do Estado em vigor, prevê a aplicação dos cortes ao abrigo do Art.º 33.º, declarado, na íntegra, Inconstitucional, porém, o o governo de Pedro Passos Coelho, e do PSD que acusa terceiros de fraude, continua a aplicar os cortes, inconstitucionais, aos regimes de prestação de serviços a que se refere o Art. 73.º. Se isto não é fraude, então o Deputado Luís Montenegro que cale a sua arrogância dialéctica no que toca a acusar o PEV de fraude.
In Público: "Lama", "cabecita" e "expressões arruaceiras" em discussão acesa no Parlamento
É um facto, a sociedade lusitana tende a pensar no acessório do momentâneo e, em particular, na Capital, há quem se esqueça de que a maioria da população deste país nem sequer tem um transporte a menos de 3 quilómetros da porta de casa e, no entanto, também paga impostos. Mas isso serão outros quinhentos, serve só para alertar para o drama existencial de o metropolitano parar meia dúzia de horas.
Posto isto, no essencial, a sociedade portuguesa, tende a não olhar para os outros, os outros são autómatos que devem estar prontos a funcionar sob qualquer circunstância. Aos outros tudo é exigido mas a cada um nada se impõe no sentido de terminar com o marasmo económico-financeiro, social e cultural e com a galopante perca do conceito de valores cívicos, éticos, morais e de convivência em sociedade.
Recentemente deparei-me com esta faixa, produzida pela The Secession Studios, um estúdio de banda sonora para filmes, videojogos e marketing, que me fez ouvir até ao fim, porém, o que mais me cativou foram as descrições de possíveis cenas para as quais esta faixa poderia sonorizar.
Trago-vos um desses comentários (traduzido e adaptado para português) para que possam experimentar. Eis o exercício:
Reproduzam o faixa (incorporada em baixo), leiam com atenção o texto abaixo, concentrem-se e imaginem a cena. Depois partilhem o que sentiram, comentando. Leiam pausadamente tentando acompanhar o ritmo lento da música.
"Imaginem o som de sirenes de ambulância ecoando, pessoas a gritar e a polícia, com os seus megafones apelando à calma e pedindo que se dispersem e retornem a casa, dizendo que não há nada para ver aqui. Mas há!
Uma rapariga segura-se no beirado do telhado dum prédio de 20 andares. O seu namorado, em plena rua, grita por ela, chora, sabendo que ela está prestes a desaparecer.
Com o andar do tempo as mãos dela começam a doer. Os bombeiros, por fim acedem ao telhado mesmo quando ela está pronta a deixar-se ir. Quando chegam ao local, já tinha desaparecido."
Comentário original: "Imagine ambulance sirens in the background and screaming people and cops on their megaphones telling everyone to calm down and go home there's nothing to see here. But there is. A young woman is holding onto the edge of the roof of a 20 story building. Her boyfriend is on the ground below screaming for her and crying because he knows that shes going to die. After hours, her hands start to hurt. The firefighters get to the roof but by then she is about to let go. They reach for her but shes gone."
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